Tempo de tela: Como celulares e tablets impactam a saúde mental das crianças
- Bruno Lima
- 3 de set.
- 3 min de leitura
Você já parou para pensar quanto tempo seu filho passa em frente ao celular, tablet ou televisão?
Entre vídeos, joguinhos e redes sociais, as telas ocupam cada vez mais espaço na vida das crianças, e isso tem consequências diretas no desenvolvimento físico, cognitivo e emocional.
Neste artigo, vamos conversar de forma simples e direta sobre:
O que significa “tempo de tela”;
Os principais efeitos do uso excessivo;
O que dizem especialistas em saúde infantil;
Como os pais podem equilibrar tecnologia e infância saudável.
O que é tempo de tela?
“Tempo de tela” é o período em que uma criança está em contato com dispositivos digitais como celular, tablet, computador, videogame ou televisão.
A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda:
Menores de 2 anos: nada de telas;
De 2 a 5 anos: até 1 hora por dia, sempre supervisionada;
De 6 a 10 anos: no máximo 2 horas por dia;
Adolescentes: até 3 horas por dia, com pausas e limites claros.
Mas sabemos: na prática, é difícil manter esse controle. E é justamente aí que surgem os desafios.
Impactos do excesso de tela na saúde mental
Muitos pais chegam à clínica com perguntas como “meu filho anda irritado, será que é o tablet?” ou “ele não quer brincar mais fora, só assistir vídeos, isso é normal?”.
Pesquisas científicas apontam alguns riscos do uso exagerado:
Déficit de atenção e concentração – crianças expostas por longos períodos têm mais dificuldade de focar em atividades escolares.
Aumento da ansiedade e irritabilidade – excesso de estímulos gera agitação, frustração e crises de choro.
Isolamento social – substituição de brincadeiras presenciais por interações virtuais.
Dificuldades na fala e linguagem – em casos de uso precoce, pode atrasar o desenvolvimento da comunicação.
Problemas de sono – a luz azul das telas inibe a melatonina, dificultando uma boa noite de descanso.
O que dizem os especialistas da Só Crianças?
Na nossa experiência clínica, percebemos que o impacto não é apenas na criança, mas em toda a família.
Pais relatam dificuldade em impor limites, e muitas vezes se sentem culpados por permitir “um pouco a mais” para conseguir dar conta da rotina.
O segredo está no equilíbrio:
Não demonizar a tecnologia (ela pode ser educativa e útil em doses certas).
Criar momentos offline: jogos de tabuleiro, leitura, brincadeiras ao ar livre.
Ser exemplo: não adianta pedir que o filho largue o celular se os pais estão sempre conectados.
Dicas práticas para reduzir o tempo de tela
Defina horários fixos – por exemplo, só depois da lição de casa.
Use recursos de controle parental – muitos dispositivos permitem limitar o uso.
Troque tela por atividade – que tal uma contação de histórias ou um jogo de memória?
Crie a “cesta do celular” na hora das refeições.
Converse sobre os conteúdos – não basta limitar tempo, é importante acompanhar o que seu filho está consumindo.
Quando procurar ajuda profissional?
Se você perceber que:
Seu filho perde interesse por outras atividades;
O comportamento muda drasticamente quando não tem acesso à tela;
Há atraso na fala, dificuldades escolares ou ansiedade acentuada…
… pode ser o momento de buscar apoio de um psicólogo infantil, psicopedagogo ou fonoaudiólogo.
Aqui na Clínica Só Crianças, nossos especialistas estão prontos para orientar pais e apoiar o desenvolvimento saudável das crianças.
Entre em contato pelo WhatsApp (21) 2671-7824 e saiba como podemos ajudar sua família.
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