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A IMPORTÂNCIA DA MOTRICIDADE FINA PARA A ESCRITA

Atualizado: 16 de jan. de 2021



A escrita é a última etapa do desenvolvimento do comportamento verbal a ser adquirida. Antes que a escrita possa ser usada como instrumento para representar a linguagem oral, passa por estágios que coincidem com o desenvolvimento geral da criança. Estes estágios marcam fases do desenvolvimento cuja evolução depende também da exercitação da atividade gráfica.

Há estudos recentes onde crianças são expostas ao desenvolvimento da escrita por tablets e por lápis, as que trabalham as atividades escritas por lápis e caneta tem muito mais ativação neurológica.

A aprendizagem da escrita requer uma maturação prévia. A maioria dos autores crê que o ensino sistemático da escrita deve ocorrer quando a criança completa 6 anos de idade cronológica, porque a partir desse momento, vão se estabilizando os requisitos suficientes para que a dita aprendizagem tenha êxito. Os anos de pré-escolaridade terão servido para desenvolver todos os processos maturativos da criança e que lhe permitirão a aprendizagem da escrita de forma que o processo de desenvolvimento não se torne vulnerável.

A coordenação motora fina são as habilidades da coordenação motora das mãos. Ao estar trabalhando-as, estamos trabalhando o sistema cognitivo da criança. As habilidades de: recordar, pintar, desenhar, amassar, giz de cera, desenho em lixa, dobraduras, colocar macarrão, trabalhando com massinha… Tantas são as atividades que vocês pais podem proporcionar em algum momento do dia para seu filho, e você professor para seu aluno, com materiais de baixo custo, estarão proporcionando e fortalecendo as habilidades de motricidade fina, atenção, sustentabilidade dessa atenção, sequencia, imitação, memória, criatividade para o desenvolvimento cognitivo e uma leveza para escrita que não torne para a criança o movimento de preenssão incorreto “levando à postura corporal e “cansaço” da mão ao escrever.

Lembre-se que a habilidade de escrita é extremamente complexa para o nosso cérebro.

Segue a baixo a postura correta para o canhoto e o destro escrever:

Postura correta para o canhoto escrever, mão posicionada abaixo da linha para a escrita, corpo ligeiramente inclinado para a frente, folha de papel colocada no campo esquerdo e inclinado para a direta.



Posição correta para o destro escrever.

A preensão do lápis tem influencia na qualidade do traço gráfico e, dela dependem o tamanho da letra, a visualização do traçado e a fadiga muscular. Segundo Franca (1969), a forma correta de segurar o lápis é entre os dedos médio, indicador e polegar. Tendo a mão entreaberta, o lápis deve apoiar-se na parte lateral da falangeta do dedo médio e, a preensão completa-se com as extremidades das falangetas do indicador e polegar. Nesta posição natural de mão semi-fechada, podem-se realizar os movimentos gráficos sem muito esforço.

Os dedos que seguram o lápis, devem situar-se, aproximadamente a 2 centímetros da extremidade que toca o papel. Esta distancia parece ser a ideal para que os movimentos gráficos sejam controlados e, consequentemente, se domine o tamanho e a firmeza das letras e a velocidade para escrever. Os dedos, nesta posição, também permitem que o campo visual seja suficientemente amplo para que se controle a orientação do traçado no papel.


Forma correta de segurar o lápis.

Quando as orientações não são suficientes para a correção das posições inadequadas de segurar o lápis, além das estimulações para motricidade fina, existem artefatos trifásicos de vários modelos e lápis triangulares e canetas.

Algumas crianças que tem todo o vício errado na forma de segurr o lápis que reclamam quando usam os trifásicos ou lápis triangulares. Afinal, mudar para forma correta exige treinamento e mudança de hábito.

Segue algumas atividades que podem ser exercitadas com a criança. Atividades que exijam movimento de pinça.


Preensão do lápis com auxílio do “trifásico”.

Algumas formas de preensão encontradas para a escrita:

Nesta postura, o polegar fica transversal ao lápis, dificultando a precisão do movimento gráfico.


Lápis perpendicular ao papel. Limitação no campo visual.

Lápis seguro muito perto da ponta. Limitação do campo visual.

Fontes: Distúrbios da Aprendizagem uma Abordagem Psicopedagógica (Antonio Manuel Pamplona Morais Editora: Edicon Ano: 1997); Disgrafia – Avaliação Fonoaudiológica (Jacqueline Lanza Lofiego Editora: Revinter Ano: 1995);

Por: Maria Claudia – Fonoaudióloga da Só Crianças

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